Volta a Portugal 2021 será (quase) sempre a subir



Volta a Portugal 2021 será (quase) sempre a subir

A edição de 2021 da Volta a Portugal Santander, hoje apresentada numa cerimónia virtual, promete deixar água na boca aos trepadores e alguma apreensão aos roladores e velocistas. Cinco das nove etapas em linha terminam coincidindo com prémios de montanha e as restantes guardam algumas “armadilhas” que dificultarão a possibilidade de discussão entre sprinters puros.

A prova, na estrada entre 4 e 15 de agosto, abre com um prólogo de 5,4 quilómetros em Lisboa, na zona de Belém. Exercício curto, marcará as primeiras diferenças, que não se esperam significativas.

A primeira etapa em linha começa com um momento simbólico, a inauguração do Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho. Será dali que a caravana parte rumo a Setúbal, onde chegará, depois de percorridos 175,8 quilómetros. A subida da serra da Arrábida, segunda categoria instalada a 13,6 quilómetros da meta, fará a primeira grande seleção de valores. Nas mais recentes incursões pela cidade do Sado com esta aproximação, foi um grupo muito restrito que discutiu a etapa.

Segue-se uma viagem de 162,1 quilómetros entre Ponte de Sor e Castelo Branco. Será uma das melhores oportunidades para os velocistas, que terão, contudo, de ultrapassar o final técnico, já depois da subida do Retaxo, terceira categoria, a 13,1 quilómetros do final.

A terceira etapa promete marcar diferenças importantes, escalonando definitivamente o lote de corredores em condições de aspirar à camisola amarela final. Será uma jornada de 170,3 quilómetros, entre a Sertã e o alto da Torre, serra da Estrela, subindo desde a Covilhã, via Penhas da Saúde. É a única contagem de montanha de categoria especial da prova.

A quarta tirada, antecedendo o dia de repouso, começa em Belmonte e termina na Guarda, após 181,6 quilómetros de permanente sobe e desce, culminando na escalada de terceira categoria para a linha de meta.

O dia de descanso será um breve interregno entre dificuldades. A quinta etapa ligará Águeda a Santo Tirso, num trajeto de 171,3 quilómetros com final no alto da Senhora da Assunção, prémio de montanha de segunda categoria.

Na sexta etapa pedala-se entre Viana do Castelo e Fafe, ao longo de 182,4 quilómetros. Os velocistas que tenham resistido até esta altura e que suportem subidas curtas e explosivas poderão ter uma palavra a dizer, já que para fazerem valer os dotes de sprinters deverão ultrapassar com os melhores a curta mas íngreme subida de Golães, a 4,6 quilómetros do final, colocado na sempre exigente subida, parcialmente em empedrado, que levará os ciclistas à Praça 25 de Abril.

A tirada seguinte, entre Felgueiras e Bragança, com o sobe e desce tradicional das terras transmontanas, também poderá brindar um velocista que consiga passar a média montanha.

A reta final contará com três etapas de elevado grau de dificuldade. A oitava começa em Bragança e termina na serra do Larouco, segundo ponto mais alto de Portugal Continental, no concelho de Montalegre, ao cabo de 160,7 quilómetros. Antes da última subida, de primeira categoria, os corredores ainda irão escalar a Bolideira (segunda categoria, km 74,3) e Torneiros (primeira categoria, km 119,3).

A nona etapa, última em linha da Volta a Portugal de 2021, começa em Boticas, estende-se por 1455 quilómetros, e termina no alto do monte Farinha, junto à ermida da Senhora da Graça, em Mondim de Basto. A subida final será antecedida de quatro prémios de montanha, o mais relevante o do Barreiro. É a primeira categoria onde, na edição de 2020 da Volta a Portugal, se deu o ataque que destacou os corredores que marcaram as diferenças suficientes para decidir quem estava em condições de disputar a camisola amarela.

Depois de tanta montanha, será um contrarrelógio individual a acertar as contas. A décima etapa é um “crono” de 20,3 quilómetros, na cidade de Viseu. Será aí que ficaremos a saber se Amaro Antunes repete o triunfo ou se terá sucessor.

O pelotão será formado por 19 equipas. Às nova formações continentais portuguesas irão juntar-se duas estrangeiras do mesmo nível, sete ProTeams e, principal novidade, a WorldTeam Movistar Team.

Etapas
4 Agosto: Prólogo: Lisboa - Lisboa, 5,4 km (CRI)
5 Agosto: 1.ª Etapa: Torres Vedras - Setúbal, 175,8 km
6 Agosto: 2.ª Etapa: Ponte de Sor - Castelo Branco, 162,1 km
7 Agosto: 3.ª Etapa: Sertã - Torre, 170,3 km
8 Agosto: 4.ª Etapa: Belmonte - Guarda, 181,6 km
9 Agosto: Descanso
10 Agosto: 5.ª Etapa: Águeda - Senhora da Assunção (St.º Tirso), 171,3 km
11 Agosto: 6.ª Etapa: Viana do Castelo - Fafe, 182,4 km
12 Agosto: 7.ª Etapa: Felgueiras - Bragança, 193.2 km
13 Agosto: 8.ª Etapa: Bragança - Serra do Larouco, 160,7 km
14 Agosto: 9.ª Etapa: Boticas - Senhora da Graça, 145,5 km
15 Agosto: 10.ª Etapa: Viseu - Viseu, 20,3 km (CRI)


Equipas
WorldTeam

Movistar Team (ESP)

ProTeam
Bingoal Pauwels Sauces WB (BEL)
Burgos-BH (ESP)
Caja Rural-Seguros RGA (ESP)
Equipo Kern Pharma (ESP)
Euskaltel-Euskadi (ESP)
Rally Cycling (EUA)
Vini Zabu (ITA)

Continental
Antarte-Feirense (POR)
Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel (POR)
Efapel (POR)
Israel Cycling Academy (ISR)
Kelly-Simoldes-UDO (POR)
LA Alumínios-LA Sport (POR)
Louletano-Loulé Concelho (POR)
Rádio Popular-Boavista (POR)
Swift Carbon Pro Cycling (GBR)
Tavfer-Measindot-Mortágua (POR)
W52-FC Porto (POR)


 

2021-07-23 - 12:49:05

 


 

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