Nova subida dá maior esperança aos trepadores na Volta



Nova subida dá maior esperança aos trepadores na Volta

A edição de 2022 da Volta a Portugal Continente, que vai disputar-se entre 4 e 15 de agosto, foi hoje apresentada, tendo como maior novidade o final da quinta etapa no Observatório de Vila Nova, em Miranda do Corvo, uma exigente subida de primeira categoria, que dará maior ânimo aos trepadores na luta pela camisola amarela.

Antes de lá chegarem, os corredores terão de completar um prólogo e quatro etapas em linha, numa fase inicial de corrida com perfis de tiradas para todos os gostos. O início será igual ao de 2021, um prólogo de 5,4 quilómetros, em Lisboa.

Segue-se a etapa mais longa de toda a prova, 193,5 quilómetros declaradamente para sprinters, entre Vila Franca de Xira e Elvas. A segunda etapa começa do outro lado da fronteira, em Badajoz, e termina, depois de percorridos 181,5 quilómetros, em Castelo Branco. A chegada a terras albicastrenses, sempre muito técnica, costuma provocar algumas surpresas. Em teoria será para os homens mais rápidos, mas a exigência técnica, por vezes, parte o pelotão, deixando os sprinters “apeados”.

A terceira etapa começa na Sertã, tem 159 quilómetros, e termina no alto da Torre, serra da Estrela. A meta coincide com um prémio de montanha de categoria especial, sendo alcançada pela vertente da Covilhã, uma subida de 20,1 quilómetros, que inclui a passagem pelas Penhas da Saúde.

Após o sufoco, chega nova oportunidade de bonança para os sprinters, uma vez que a quarta etapa, 169,1 quilómetros, entre Guarda e Viseu, não comporta dificuldades orográficas, adaptando-se à ambição dos homens mais rápidos.


O dia de descanso da caravana será passado em terras de Viriato. Segue-se a grande novidade da prova, uma tirada de 165,7 quilómetros, entre a Mealhada e o Observatório de Vila Nova, Miranda do Corvo. A meta é também um prémio de montanha de primeira categoria, uma escalada de 9,9 quilómetros com uma inclinação média de 8,3 por cento. É uma dificuldade de grau superior à da subida do monte Farinha, em Mondim de Basto, onde os corredores chegarão dias mais tarde.

A sexta etapa volta a convocar os sprinters para o protagonismo, assim as respetivas equipas estejam dispostas a assumir o controlo da viagem de 159,9 quilómetros entre Águeda e a Maia. A sétima etapa, com partida de Santo Tirso, tem 150,1 quilómetros, com final em Braga. A subida ao Sameiro, a 8,5 quilómetros da chegada, promete agitação na fase final, inibindo, provavelmente, as aspirações dos velocistas.

A oitava etapa também apresenta um perfil indefinido. Começa em Viana do Castelo e termina 182,4 quilómetros adiante, em Fafe. A curta, mas empinada, subida de Golães, a 4600 metros do fim, também não favorece os mais rápidos do pelotão.

Tal como vem sendo tradição, as decisões ficam guardadas para as duas últimas etapas, chegada à Senhora da Graça na penúltima etapa e contrarrelógio individual a fechar. A penúltima etapa arranca de Paredes para uma ligação de 174,5 quilómetros até ao icónico monte de Mondim de Basto. A primeira categoria, coincidente com a meta, é antecedida pelas montanhas de Lordelo (4.ª categoria), serra do Marão (1.ª categoria), Velão (4.ª categoria) e Barreiro (1.ª categoria).

O fim de festa acontece com um contrarrelógio individual de 18,6 quilómetros, que começa na zona oriental da cidade do Porto e termina na área ribeirinha de Gaia.

O pelotão contará com as equipas continentais portuguesas, às quais se juntam quatro formações de categoria ProTeam - Burgos-BH, Caja Rural-Seguros RGA e Euskaltel-Euskadi (Espanha), Human Powered Health (Estados Unidos da América) - e cinco equipas continentais estrangeiras: BAI Sicasal Petro de Luanda (Angola), Electro Hiper Europa-Caldas (Colômbia), ProTouch (África do Sul), Trinity Racing (Reino Unido) e Wildlife Generation Pro Cycling (Estados Unidos da América).



 

2022-07-22 - 11:48:43

 


 

Voltar