Fuga vinga e Hugo Scala Jr vence em Bragança



Fuga vinga e Hugo Scala Jr vence em Bragança

O estadunidense Hugo Scala Jr (Project Echelon Racing) venceu a quinta etapa da Volta a Portugal, em Bragança, depois de ter sido o mais forte num sprint final a dois com o português Fábio Costa (ABTF Betão-Feirense). Num dia em que a fuga vingou, contrariamente ao que seria de prever, Afonso Eulálio (ABTF Betão-Feirense) manteve a camisola amarela.

A ligação de 176,8 quilómetros, entre Penedono e Bragança, parecia desenhada para uma chegada ao sprint, mas a história da corrida foi outra. Numa etapa animada, as movimentações começaram logo nos quilómetros iniciais, com Julius Johansen (Sabgal-Anicolor) a ser o primeiro protagonista. Ao dinamarquês juntaram-se vários companheiros de fuga, num grupo que contava já com 12 elementos e 50 segundos de vantagem ao fim de 19 quilómetros.

Os fugitivos eram Aleksandr Grigorev (Efapel Cycling), Andrew Vollmer (Illes Balears Arabay Cycling), Ángel Fuentes (Burgos-BH), Bruno Silva (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), Fábio Costa (ABTF Betão-Feirense), Hugo Aznar (Equipo Kern Pharma), Hugo Scala Jr (Project Echelon Racing), José Félix Parra (Equipo Kern Pharma), Julius Johansen (Sabgal-Anicolor), Luís Mendonça (Sabgal-Anicolor), Xavier Cañellas (Euskaltel-Euskadi), e Tomas Contte (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), sendo que este último descolou após a primeira meta volante.

Enquanto Xavier Cañellas ia colecionando vitórias nas classificações intermédias, a diferença ia aumentando gradualmente e colocava José Félix Parra como líder virtual da classificação geral. A vantagem chegou a um máximo de 5m50s com 86 quilómetros percorridos, mas começou a baixar a partir daí. Primeiro, a subida à Serra de Bornes teve um impacto significativo e depois foi a vez das equipas dos sprinters, sobretudo a Aviludo-Louletano-Loulé Concelho e a Caja Rural, aumentarem o ritmo no pelotão.


O grupo de fugitivos, no entanto, foi aguentando a diferença acima de um minuto, tendo passado pela primeira vez na meta, em Bragança, com uma vantagem de 1m11s. A partir daí, a Burgos BH impôs um ritmo elevado na perseguição e vários sprinters começaram a ficar para trás na subida que seguiu a passagem pela meta. Houve também várias tentativas de ataque, mas sem sucesso e a falta de organização no pelotão dava cada vez mais esperanças aos fugitivos.

Na frente da corrida, o grupo já estava mais reduzido e um ataque de Julius Johansen fez a seleção final. Apenas Fábio Costa e Hugo Scala Jr conseguiram responder, sendo que um novo ataque do português deixou para trás o dinamarquês da Sabgal-Anicolor e ditou um final a dois. Nos últimos meteros, Hugo Scala Jr manteve-se na roda de Fábio Costa até ao ataque final, ao qual o português não conseguiu responder, terminando na segunda posição.

Na geral ficou tudo na mesma: Afonso Eulálio segue líder com 16 segundos de vantagem sobre Colin Stüssi (Team Vorarlberg) e 26 sobre Jon Agirre (Equipo Kern Pharma). Nas restantes classificações também não houve alterações, com Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) a liderar nos pontos, Luis Ángel Maté (Euskaltel-Euskadi) na montanha e Jaume Guardeño (Caja Rural-Seguros RGA) na juventude. A Euskaltel-Euskadi comanda a geral por equipas.

Esta terça-feira, o pelotão partirá para a sexta etapa, ainda em Trás-os-Montes. A tirada entre Bragança e Boticas prolonga-se por 169,1 quilómetros e tem quatro prémios de montanha de terceira categoria, aperitivo para a primeira categoria colocada em Torneiros (4,7 quilómetros a 8,8 por cento), apenas a 17 quilómetros da chegada


Fotografias: Nuno Veiga / Lusa

 

2024-07-30 - 17:13:46

 


 

Voltar